quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Di Va gan.... do

Aureliano era um senhor de 30 anos. Aureliano porque o pai era minerador que tinha achado uma grande pepita de ouro, a qual foi usada para que ele pudesse comprar mais terras. Conseguiu formar um patrimônio do nada, mas tudo tem seu custo: morreu devido ao mercúrio. A mãe de Aureliano, dona Samira, também falecera. Aureliano era filho único. Usava seu dinheiro para se satisfazer e aos seus prazeres.

Tinha um carro conversível, caro para os padrões do Brasil. Morava em frenta ao mar. Vivia de festa em festa. Toda noite era uma mulher diferente, bebida diferente e até cidade diferente. Certa feita, fora numa festa no Rio Grande do sul e acordara, dois dias depois e somente de cueca, em uma cidadezinha do interior da Argentina. Conseguiu que seu administrador de patrmônio o resgatasse. Após isto, Aureliano prometera que iria parar.

Não parou. Continuara com sua vida desregrada e louca, buscando sempre uma aventura maior. Após uma grande farra, acordara com um gosto acre na boca. Tomara seus remédios habituais e, após isto, continuara a bebedeira só. Caíra. Ficara desacordo por algum tempo. Acordara no hospital, meses depois. Os médicos dissseram que deveria mudar seu estilo de vida. Deveria respeitar os limites de seu corpo. Foi sem sucesso.

Continuara sempre da mesma maneira... Até que, um dia... Parou. Acordou em seu apartamento em frente à praia e olhou para o mar durante alguns segundos. Pareceram horas. Recolheu ele mesmo os restos da festas, cacos de vidros, garrafas e até uma calcinha fio-dental vermelha. Jogou tudo fora. Desistiu de tudo. Desistiu daquela vida.

Por isto tinha se tornado um senhor de 30 anos. Não pelos médicos terem dito que deveria mudar seu estilo de vida, mas porque ele mesmo decidiu mudar o seu estilo de vida. Ele tinha mudado tudo. Doou todo o seu patrimônio (20% foi para seu administrador)  e foi viver no interior de Minas Gerais. Era atendente em um posto de gasolina. Enamorou-se por uma menina de 21 anos que era atendente em uma cantina. Tiveram dois filhos. Era uma vida sofrida, mas Aureliano estava feliz. Lindalva estava feliz.

Anos se passaram. Sua caçula, Juliana, foi atropelada. Colocada em um hospital público. Aureliano se culpava dia e noite por ter soltado a sua mão, ao atravessar a rua. Não tinha dinheiro e estava endividado pela compra de seu pequeno terreno. Os remédios eram caros. Endividou-se com seus patrões. E Lindalva com os delas.  As dívidas só aumentavam. Tudo estava difícil.

Quando estava no leito de sua filha, desesperado e sem nenhuma condição, ele recebe uma visita. Gilmar. Era o seu administrador. Ele sempre estava de olho e estava quitando as dívidas com os patrões dele sem que ele soubesse. Monitorava o quadro sempre de sua filha para que a mesma pudesse ser muito bem tratada. Aureliano perguntou por quê. Gilmar lhe respondeu que não é preciso abandonar o dinheiro. Somente precisa mudar sua postura em relação a ele.

1 comentários:

Amanda Borges disse...

É bem verdade... uma lição para Aureliano...

Postar um comentário

Obrigado pela contribuição! Brevemente a lerei e comentarei!

Template by - @Dudshp | desde 10/11/2009