sábado, 18 de setembro de 2010

Amo-te

Amo-te. Não só pelas tuas qualidade que são incomensuráveis, mas pelas tuas vicissitudes que a tornam maravilhosamente humana. É como se pegássemos um projeto de Deus e acrescentamos a tentação do Demônio e torna-te, assim, mulher. Anjo és quando sublima a minha dor com teus afagos maternos e olhos ternos; Súcubus, quando arrasta-me para lugares tão recônditos e inóspitos dentro de mim que nem eu sabia que eles existiam.

Amo-te. Não só pela mão amiga que acalenta, mas pelo teu beijo de mulher insidioso, a tua língua tocando a minha, enlaçando-a; convida-a para dançar um ritual pagão dentro da minha boca, da tua boca - até que percamos a noção do que é meu e do que é teu, em um ritmo tão alucinado e tão pecaminoso que a fricção dos corpos, dos fluidos e do prazer faz com que queiramos fundir nossos corpos em um só, em um frenesi incontrolável que só pode acabar com um urro cortando o ar, arrepiando a pele e somente aumentando a sede por mais.

Amo-te. Não só porque me mostras o teu passado de criança, onde posso ver todas as tuas purezas e anseios por algo melhor para ti; poderia ser somente pelo presente, que é onde eu a tenho em minhas mãos. Não... Amo-te principalmente pelo futuro que rogo para que seja nosso, para que sejas minha companheira. Para que possamos ter filhos juntos, comemorarmos nossos aniversários, brigarmos por causa de algo e nos reconciliarmos com a mesma paixão adolescente pela qual nossos olhares nos seduziram da primeira vez.

Amo-te. Pelo ardor que tem por minh´alma; tua admiração por mim é algo que não posso conceber. Sou um mero homem que desejo amar uma mulher. E, mesmo assim, tu me ofereces tudo aquilo que eu não sei se sou merecedor. Creio que preciso ser melhor do que isto, esta casca feia e este interior cheio de falhas... E, no entanto, oferece-me a luz pela qual eu posso me guiar. Tu me chamas de porto seguro, mas somos um do outro ao mesmo tempo em que nos apoiamos.

Amo-te. Não sei se meu insípido vocabulário poderia exaltar a paixão que tenho por ti, a entrega que reunimos em nós. Difícil crer em algo que pudesse justificar a nossa troca, a nossa conexão quase que espiritual que temos um pelo outro. Agradeço ao Destino a cada pequeno micro-segundo por ter-me apresentado a ti. Sei, ao menos, como poderia resumir tudo o que sinto por ti: Amo-te.

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