sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Passional

Juanes era um tanto quanto passional. Deixava misturar suas inseguranças pessoais com um puro sentimento do amor. Fora assim durante a sua adolescência, melhorando um pouco mais na sua fase adulta. Aprendeu, com o tempo, a controlar a sua insegurança de um modo que pudesse direcioná-la como uma ferramenta para catapultar o seu relacionamento para frente. Apenas falava para si mesmo: "Deixe isto para lá que você vai ver o que acontece no final.".

Acertava, normalmente. Era romântico, fiel e interessado no seus relacionamentos. Estava solteiro fazia um tempo, quando encontrou uma mulher fascinante - Antonieta. Não só pelo sex appeal que exalava e inteligência, mas admirava-a acima de tudo por ser em várias áreas oposta a ele. Ele, passional, ela, racional. Ele, romantiquinho, ela, segura e contínua. Estranhou, a princípio, o fato dela dizer que o amava. Conflitou-se consigo mesmo e deixou eclodir a sua insegurança.

Houve uma desavença, ficaram algum tempo sem se falar. Após isto, resolveram conversar. Ele surpreendeu-se com o sofrimento e apreensão dela. Ela o amava demais, mas somente não demonstrava da maneira que ele achava que ela deveria. Ela, por sua vez, apaixonou-se pelo jeito dele diferente e alegre de ver a vida, tão diferente do seu sério. Ele contou suas inseguranças e medos, e ela, os dela. Tinham necessidades diversas, então como prosseguiriam juntos?

Veio, então, a luz para isto. Não é que fossem opostos; são complementares. Um admirava o outro pela inteligência, sex appeal, boa conversa, fidelidade e a parte libidinosa sexual. Riam-se várias vezes dos modos lindos que faziam amor e das maneiras inusitadas como isto acontecia. A base era boa para poder ser erigido o castelo do amor dos dois.

A partir dali, um passou a se comprometer a ouvir o outro de maneira a realmente prestar atenção somente no outro; inseguranças, relações pretéritas, stress do cotidiano... Quando isto aparecesse para tentar estragar o que tinham, o que percebesse acionará o sistema de emergência: ficar um com o outro, não importando o que ocorresse.

Partiam do acurado princípio de que o amor dos dois era muito gostoso e puro para deixarem coisas externas e medos atrapalharem. Um trabalho comum, que seria realizado a passo de formiga. Firme e forte, prosseguiram em relação ao futuro. Algo incrível aconteceu: a libido era maior ainda, o afago mais profundo e as conversas mais libertadoras e sinceras do que antes (se é que fosse possível). Após alguns meses deste procedimento, casaram-se e tiveram dois rebentos. Duas pestinhas meninas adoráveis que permearam ainda mais a vida deste casal com a felicidade.

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