Não no sentido de ser distante, mas a dos pontos em profundidade de bem-querer. Quanto mais gostamos de alguém, mais profundo tornar-se o amar por aquela pessoa. E o que fazer, então, quando a distância é grande e o sentimento mais profundo? Doer, dói. Amar dói. Amar é você abrir a sua guarda, os seus medos e anseios e convidar aquela pessoa para bailar junto a sua alma, em uma valsa com a duração que os dois determinarem.
Sofrer, já é questão opcional. É claro que ninguém gosta de ficar longe de quem se ama por tempo demais. Aos apaixonados, dez minutos já é uma eternidade. Aos companheiros, pode ser que este tempo também seja, mas ele já é mais dilatado, pela certeza de que irá encontrar quem você realmente ama em sua residência. A angústia pela espera do seu objeto de desejo é amenizada por esta certeza.
Podemos, conquanto, tirar uma lição valiosa disto. A distância física pode ser enorme, mas não é nada em comparação a quando dois corações estão conectados. Para isto, basta fechar os olhos e lembrar daquela pessoa maravilhosa que compartilha um sentimento de ternura profunda e tudo se torna mais leve: para você, por acalmar a sua alma e para a pessoa, por estar recebendo este sentimento profundo e sincero. Lembro sempre de cenas de filme e, acreditem, isto funciona na vida real.
Não deixem que problemas atravanquem isto. O direcionamento é sempre de apoio, sempre de querer integrar-se ao outro. A insegurança existe, o amor persiste. Devemos nos encaminhar para este ponto. Aos amantes, uma lição valiosa: a amizade é a base do relacionamento. O sexo importa, mas só é realmente bom mediante a intimidade de se desnudar a alma para outro. Em certos momentos da vida, devemos valorizar mais este companheirismo para que os mares possam estar revoltos, mas para que um seja o porto seguro do mais necessitado. Este é, na verdade, o sentimento mais profundo de um verdadeiro casal. Os outros são os condimentos necessários para que a vida a dois nunca caia em uma rotina.
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